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O fabuloso destino das nossas cascas de laranja

Em 2010, o sumo de laranja natural d’A Padaria Portuguesa passou a fazer parte do dia-a-dia dos lisboetas. Doze anos depois, a economia circular deu-nos a belíssima ideia de reaproveitar o desperdício causado por esta bebida em… compota. Explicamos-lhe tudo.

Não se preocupe. Vai poder continuar a beber o nosso sumo de laranja natural todos os dias, em todas as lojas. Esta “transformação” trata-se, a bem dizer, de um reaproveitamento. É que, em média, utilizamos cerca de 5 toneladas de laranjas por dia para espremer os nossos sumos naturais. Claro que, bem espremido o sumo, ficam as cascas e, ficando as cascas, restam dois caminhos: o caixote do lixo ou a economia circular. Tomámos, recentemente, a decisão de enveredar pelo segundo.

Então, pegámos nas cascas, removemos a parte branca do interior, adicionámos sumo de laranja e limão, água, canela e açúcar, criámos uma deliciosa compota de laranja caseira e colocámo-la num frasco que pode levar para casa. E assim com 1500 laranjas conseguimos produzir cerca de 750kg desta compota sustentável, ideal para barrar numa fatia de qualquer um dos nossos pães artesanais ou sem glúten, nas nossas tostas artesanais ao pequeno-almoço ou ao lanche ou também.

Esta é mais uma iniciativa que vem reforçar o nosso compromisso com o combate ao desperdício alimentar e a nossa aposta na economia circular.

A magia da natureza: borras de café orgânico transformadas em cogumelos

O café faz parte da vida dos portugueses. Mas a história de uma simples bica vai muito para lá do instante em que é servida. A NÃM mostrou ao mundo que é possível fazer magia com borras de café orgânico. O truque tem um nome: economia circular.

Oito e meia da manhã. Senha 57. “É um café orgânico, por favor.” Sai o café. O porta-filtros é agitado contra o caixote do lixo. As borras caem. O cliente bebe o café orgânico. E agora? Voltemos um pouco atrás. Não é um caixote do lixo. É um caixote do reaproveitamento. Guardamos as borras. Esperamos pela hora de fecho. Chega o motorista e leva o saco das borras. As borras chegam às instalações da NÃM, que as vai usar para produzir cogumelos ostra frescos. Mas como?! É melhor chamarmos o Natan.

A ideia é aproveitar o facto de os cogumelos transformarem toda a matéria orgânica morta que encontram na natureza em alimento. Os cogumelos são os que reciclam tudo.”, explica o fundador da NÃM, startup responsável pela primeira quinta urbana de Lisboa, situada em Marvila. Natan Jacquemin veio da Bélgica para Portugal e trouxe na mala algo de grande valor: uma ideia de economia circular. “É uma questão de mudança de paradigma, é conseguir ver no desperdício um recurso, criando mais valor a partir dele.”, justifica o jovem empreendedor, cuja missão é reconciliar a ecologia com a economia.

A magia acontece quando se misturam borras de café orgânico com palha e micélio, que atua como uma espécie de semente de cogumelo. Depois, ao longo de seis semanas, a NÃM recria, na sua fábrica, as condições atmosféricas perfeitas para a produção do fungo: “Um pouco de frio, um pouco de vento, luz forte e humidade.”. Em apenas três anos, a NÃM conseguiu atingir índices de produção de uma tonelada e meia de cogumelos por mês. E pensar que tudo isto poderia nunca existir se aquelas borras tivessem ido mesmo para o caixote do lixo…

A NÃM, então, “devolve-nos” as borras do nosso café orgânico na forma de cogumelos ostra frescos, que são usados todos os dias nas nossas cozinhas, dando continuidade ao círculo regenerativo desta economia. Pegamos nos cogumelos e preparamos deliciosas sandes e saladas. Abracadabra. É a natureza a fazer das suas.